Rob Riemen, ensaísta e filósofo holandês de renome, neste seu ensaio analisa em profundidade como pode renascer o fascismo sob formas variadas em diferentes países, sempre que as sociedades se encontram em crise.

Acompanhado por excelentes autores (filósofos, ensaístas, romancistas e outros escritores) dos séculos XIX e XX para exprimir os seus pensamentos e opiniões, reflecte sobre os perigos da actualidade.

Lembra que a democracia pode ser afectada pela emergência de novos partidos que adoptam variadas designações, nomeadamente “conservador”, “extrema-direita”, “populista” (entre muitas outras), mas nunca revelam que são fascistas.

Ora é preciso não esquecer que «o fascismo é sempre um grande problema que desemboca inevitavelmente no despotismo e na violência».

Esses movimentos desprezam os valores espirituais mais nobres que moldam a dignidade humana, a inteligência, a cultura, os direitos humanos.

Liderados por um chefe, ávido de poder, actuam pela negação dos factos ou a sua distorção desavergonhada, a mentira sistemática. Pretendendo tudo arrasar usam retórica oca, “slogans”, pois não têm ideias próprias. Na verdade «não pretendem solucionar problemas sociais porque a injustiça é necessária à manutenção de uma atmosfera de calúnia e ódio».

A violência só será banida apenas com o desenvolvimento duma consciência pois «quem não aprende com a história está condenado a vê-la repetir-se».