1921 - 2021

Origens

Grupo Seara Nova

antónio sérgio(1883-1969)Escritor, pensador, pedagogo

Em 1923 como elemento do Grupo Seara Nova integra o governo de Álvaro de Castro assumindo a pasta da Educação.Vive exilado em Paris entre 1926 e 1933. Regressado a Portugal é um dos principais dinamizadores do Movimento Cooperativista. Integra o MUD, Movimento de Unidade Democrática e, em 1958, apoia a candidatura de Humberto Delgado.Para o autor dos “Ensaios”, «Homem culto (…) significará um indivíduo de juízo crítico, afinado, objetivo, universalista, liberto das limitações de nacionalidade e de classe (…) e somos filósofos na proporção exata em que nos libertamos dos limites que nos inculcam a raça, a nacionalidade, o sítio, o instante, o culto, o temperamento, a classe, o sexo, a moda, a profissão».

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AQUILINO RIBEIRO(1885-1963)Escritor

Em 1907 inicia a sua carreira literária escrevendo de parceria com José Ferreira da Silva, «A Filha do Jardineiro», obra de ficção de propaganda republicana e de crítica às figuras do regime.Nesse mesmo ano é preso, acusado de anarquista na sequência de uma explosão no seu quarto em Lisboa, evadindo-se no ano seguinte. Em 1927 participa na revolta de 7 de fevereiro em Lisboa e exila-se em Paris e no fim do ano regressa clandestinamente. Em 1928 participa na revolta de Pinhel, é preso, evade-se e regressa a Paris. Em 1929 é julgado à revelia em tribunal militar e condenado. Em 1931 vai para a Galiza voltando a Portugal clandestinamente em 1932. Em 1933 recebe o prémio Ricardo Malheiros da Academia das Ciências de Lisboa. Em 1935 é eleito sócio correspondente da Academia de Ciências de Lisboa tornando-se sócio efetivo em 1957.Milita no MUD, Movimento de Unidade Democrática, na Campanha Promotora do Voto e nas campanhas de Norton de Matos e Humberto Delgado.

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CÂMARA REYS(1885-1961)Professor e jornalista

Diretor do jornal “A Republica Portugueza”. Fundador, com Raúl Proença, Jaime Cortesão e António Sérgio da Renascença Portuguesa. Integra, em 1945/46 a Comissão Central do MUD, Movimento de Unidade Democrática e em 1949 a Comissão Central da candidatura de Norton de Matos. Foi, em 1958, destacado apoiante, primeiro de Arlindo Vicente e depois de Humberto Delgado.

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FARIA DE VASCONCELOS(1880-1939)Pedagogo

Em 1912 funda, na Bélgica, a Escola Nova de Biérges-lez-Wavre.Entre 1915 e 17 está em Havana a convite do governo cubano donde segue para a Bolívia e onde foi diretor da Escola Normal de Sucre.A série de artigos intitulados «Bases para a Solução dos Problemas da Educação Nacional» constituem a medula da proposta de Lei de Bases da Educação Nacional apresentada pelo ministro João Camoesas no Congresso da República em 1923.Em 1925 funda o Instituto de Orientação Profissional em Lisboa, em 1931, em articulação com o Instituto de Reeducação Mental e Pedagógica envolve-se na organização do Instituto “Dr. Navarro de Paiva” destinado a “menores do sexo masculino, anormais delinquentes, dos 9 aos 16 anos”.

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FERREIRA DE MACEDO(1887-1959)Professor e pedagogo

Fundador da UPP, Universidade Popular Portuguesa. Integra o Movimento Matemático e a Sociedade Portuguesa de Matemática.Com Bento de Jesus Caraça é um dos principais animadores do movimento cultural de massa da UPP. Em 1947 é uma das vítimas da purga política de Salazar no ensino.

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JAIME CORTESÃO(1885-1963)Escritor

Poeta, dramaturgo, ficcionista, pedagogo, político e historiador, «polarizador de doutrina», «catalisador de ideias» segundo Aquilino, mais «congraçador» do que «hostilizador dos homens» segundo Rodrigues Miguéis.Funda, em 1907, com Leonardo Coimbra, Álvaro Pinto e Cláudio Basto a revista de tendências anarquistas, libertárias e anti clericais Nova Silva e em 1912 envolve-se no projeto «Renascença Portuguesa».Funda as Universidades Populares e a Revista «A Vida Portuguesa» e em 1916 redige a «Cartilha do Povo».Ativo lutador, em França e Espanha até 1940 e no Brasil até 1957, pelo restabelecimento da democracia em Portugal. Em França integrando a Liga de Paris (1927-30), em Espanha dinamizando o grupo de emigrados republicanos oposicionistas – Grupo dos Budas e no Brasil com Jaime Morais, Moura Pinto e Sarmento Pimentel.Dedica-se à investigação e produção histórica. História do Regime Republicano em Portugal (1929), História de Portugal (1931-34), História da Expansão Portuguesa no Mundo (1940).Em 1958 envolve-se na campanha de Humberto Delgado sendo preso com António Sérgio, Vieira de Almeida e Azevedo Gomes. Nesse mesmo ano é eleito presidente da Sociedade Portuguesa de Escritores..

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RAUL BRANDÃO(1867-1930)Escritor, jornalista, militar.

Autor de, entre outras, da novela «Húmus» e da peça de teatro «O Gebo e a Sombra», cria com António Nobre e Justino Montalvão o grupo iconoclasta “Os Insubmissos” que por sua vez coordena a Revista com o mesmo título. Dirige com Júlio Brandão e D. João de Castro a “Revista de Hoje”, colabora, de entre outros, nos jornais, «Correio da Manhã», «Correio da Noite», «O Imparcial» e o «Dia».Inicia a carreira literária em 1890 com «Impressões e Paisagens».

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RAUL PROENÇA(1884-1941)Escritor, jornalista, bibliotecá- rio e filósofo.

Formado em Ciências Económicas e Financeiras, idealista e realista como se definia, defensor do socialismo democrático em regime parlamentar.Autor de «Páginas de Política» e um conjunto de estudos filosóficos sobre a temática do «Eterno Retorno» entretanto apresentada por Nietzsche.Colabora na Renascença Portuguesa e cria, em 1924, o «Guia de Portugal».Em resultado das suas atividades de combate ao Sidonismo (1918) e à Ditadura Militar (1926) vê-se forçado ao exílio, partindo para Paris em 1927.

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